top of page

Clairo - "Immunity" (Crítica)

  • Foto do escritor: João Pedro Antunes
    João Pedro Antunes
  • 21 de ago. de 2019
  • 3 min de leitura

Nome: Immunity Artista: Clairo

Data de lançamento: 2 de Agosto de 2019

Géneros: Indie Pop, R&B Alternativo, Dream Pop, Indietronica

Editora: Fader Label


Claire Cottrill - mais conhecida pelo seu stage-name Clairo - lançou o seu antecipado segundo álbum de estúdio: Immunity. Neste LP, a cantora estadunidense mostra intenção em mudar o seu rumo enquanto compositora, tendo abandonado parcialmente o Bedroom Pop e Synth-Pop que marcaram maior parte dos seus lançamentos anteriores (inclusivamente o EP diary 001, que a lançou para os holofotes com singles como Pretty Girl ou Flaming Hot Cheetos) para explorar um som com uma produção mais cuidada e inspirada no Indie Pop e até mesmo no Dream Pop (tendo sido produzido pelo ex-membro dos Vampire Weekend: Rostam Batmanglij).

Este álbum é muito mais pessoal que diary 001, sem dúvida. A voz de Clairo pode ser bastante doce e suave, mas é essa mesma voz que conta histórias de tentativas de suicídio falhadas (Alewife), ou exprime os seus sentimentos acerca da sua condição física (artrite idiopática juvenil, na canção Sinking) e sexualidade (Sofia). E tiro-lhe o chapéu por isso. Contudo, apesar das letras notáveis, os instrumentais têm os seus altos e baixos:


- Nos altos temos Sofia, que tem grandes inspirações no Indie Rock do início dos 2000's (sendo bastante comparável a um remix de uma música dos The Strokes ou da Ida Maria, surpreendentemente); Bags pode soar genérico para alguns (e percebo 100% o porquê) mas o facto de ser tão catchy e simplista faz com que seja uma excelente escolha para um single; Closer To You tem um espírito mais dramático, causado pelos sintetizadores que nos dão vibes de Drone e pelo auto-tune que cai bastante bem; e North tem os únicos vestígios de diary 001 que vemos no Immunity em termos instrumentais, apesar de ter um toque de suavidade que eu creio ser originária do produtor Batmanglij (aliás, muito deste álbum relembra um pouco Vampire Weekend devido à colaboração deste senhor).

- Já nos pontos mais fracos temos I Wouldn't Ask You, que não só é muito monótona como dura injustificadamente quase sete minutos; White Flag cai de boca na borda do seu potencial, visto que mostra ter a ideia de ser um candidato a uma melodia de R&B suave, doce e dançável mas demonstra-se incompleta para atingir esse objectivo; e Feel Something soa-me vazio, não só devido ao instrumental quase preguiçoso como pelos vocais indiferentes e mortos (apesar de bem terem tentado revivê-los com um leve auto-tune e vocais de fundo).

Creio que seja compreensível os meus sentimentos mistos acerca deste LP. É devido aos elos mais fracos que continuo a preferir diary 001 a Immunity, visto que o EP não se extendeu o suficiente para cair no tédio e acabava por solidificar instrumentalmente devido à sua consistência. Contudo, eu creio que é quase factual que Clairo teve uma grande melhoria em termos líricos. Tenho uma certa curiosidade em saber como a cantora evoluirá a partir daqui, e tenho a certeza que ela aprenderá a solidificar os seus projectos num futuro bastante próximo, até porque ela não começou a sua carreira musical ontem: ela já havia lançado o seu álbum de estreia - Metal Hearts - em 2015; e diary 001 foi o oitavo EP da cantora. Tendo em conta os sentimentos mistos, considero a classificação de 13/20 bastante justa.

O álbum está disponível no Spotify (e em praticamente toda a Internet), dá uma ouvida!


Комментарии


© 2018-2019 - ondas distorcidas. -  Wix.com

  • Branca Ícone Instagram
  • Branco Facebook Ícone
  • Branco Twitter Ícone
  • Branca Ícone Spotify
bottom of page